2022 - o ano seguinte
Após um período de vacas magérrimas para os amantes do PC Gamer Master Racer, o controle da pandemia e a mudança do processo das moedas digitais, que acabou com a mineração, finalmente trouxe os antigos preços das placas de vídeo de volta.
Os anúncios oficiais começaram no segundo semestre, com a AMD renovando sua linha de processadores e finalmente abandonando o soquete AM4 e os pinos no processador.
O Ryzen 7000 ou Zen 4 chegou com muitas promessas e críticas.
Apesar de ultrapassado, o soquete AM4 permaneceu inalterado até o Zen 3 permitindo o uso de toda a linha de processadores em placas-mãe de todas as gerações do Ryzen.
Além do soquete AM5, o Zen 4 trouxe novas tecnologias e obrigou a adoção das memórias DDR5, principal motivo de críticas em países como o Brasil, onde a tecnologia ainda é incipiente e os preços muito altos, principalmente comparando com a já estabelecida DDR4.
O TDP elevado também preocupou, pois trouxe a perspectiva de necessidade de novas soluções de resfriamento.
Mas o restante foi apreciado, PCIe 5.0, tecnologia de fabricação de 5 nm, a promessa de ser o mais poderoso processador, cumprida até que a gigante azul entrou no palco, alguns meses depois.
A Intel seguiu investindo na tecnologia de núcleos dedicados a performance e eficiência e desbancou a rival novamente.
Manteve o soquete LGA 1700 seguindo sua estratégia vencedora de lançar duas linhas de processadores compatíveis.
Apesar da compatibilidade com os chipsets da linha x600, lançou uma nova.
Os Intel Core de 13ª geração chegaram apenas nos modelos mais caros, ou seja, o I9 13900K, o I7 13700K e o I5 13600K.
No final do ano, vieram os processadores para uso geral, com preços de lançamento elevados e boa melhora na performance, com um I7 13700 batendo o I9 12900K top de linha da geração anterior.
Não há muito a dizer da Intel, a líder de performance segue firme no topo, mas a AMD ganhou bastante mercado com os Ryzen AM4.
Pensando em custo-benefício, AM4 + RX6000 são a opção, mais do que sempre.
A Nvidia trouxe suas GeForce RTX 4000, enormes e com o controverso conector de energia PCIe 5.0, devido aos requisitos cabulosos de alimentação elétrica.
A política de preços não agradou, houve alguma dúvida quanto a performance, mas os testes mostraram que sabem o que fazem.
Temos apenas dois modelos disponíveis, a RTX 4090 top de linha e a RTX 4080 de 16 GB, já que abandonaram o modelo que teria o mesmo nome, menos memória e muita controvérsia, já que as especificações indicavam que ela deveria ser nomeada como RTX 4070.
O tamanho das placas assustou, a necessidade de mais energia também, mesmo com vários fabricantes fornecendo um adaptador para conexão ao PCIe 5.0.
Na virada do ano, a RTX 4070TI apareceu com as especificações da RTX 4080 de 12 GB e uma redução no preço de cem dólares, devido a concorrência da AMD com seu RX 7900XT.
Isso não significa que o preço melhorou, na verdade, a tendência de lançar o modelo novo cem dólares mais caro que o anterior, agora dobrou e a diferença de preço de lançamento ficou em duzentos dólares.
Os 799 dólares se tornam R$ 7.199,00 no Brasil.
E a AMD trouxe seus novos Radeon RX 7000 pra dar um choque de realidade, placas de tamanho normal, acréscimo de performance e com os tradicionais dois conectores PCIe.
Tudo bem, a RX 7900 XTX não chegou perto da RTX 4090 na taxa de quadros em 4K com Ray Tracing, uma vantagem de 20% pra Nvidia pode ser esperada, mas alguns jogos como o pesadíssimo Flight Simulator trazem diferenças bem consideráveis.
A AMD tem jogos que são favorecidos por suas tecnologias, mas a concorrência não chega ao topo de linha da rival.
Como usual, o custo-benefício vai pra AMD, 50% do preço ajuda muito na conta, sem considerar a provável aquisição de uma nova fonte de alimentação.
Depois do meu casamento com a OLED da LG chegar a uma crise pelo burn in, cheguei a tecnologia mini LED da Samsung.
Não é uma tecnologia do ano, mas gostei bastante e a QN90B ganhou lugar no escritório, como terceiro monitor mais voltado para jogos, vou tentar editar vídeos nele também, mas casou bem com os videogames, faltou apenas o Dolby Vision para ficar aquela combinação perfeita.
A marca também mostrou a força da parceria com a Microsoft e trouxe o aplicativo do Xbox pra sua linha atual e a do ano passado de TV Smart.
Pelo menos no modelo topo de linha, o acesso aos jogos da nuvem ficou muito bom, similar a melhor experiência que tive anteriormente que foi acessando com o aplicativo do Windows.
O lag é perceptível, ainda não dá pra jogar competitivamente na nuvem, mas a tecnologia um dia chega lá.
A tela de celular dobrável não me atraiu, a Apple seguiu acertando e errando com o iPhone e Mac, a energia solar deixou de necessitar uma instalação própria, com empresas vendendo a energia e prometendo preços melhores que das concessionárias tradicionais.
A inteligência artificial da Google causou controvérsias depois que um dos empregados ligados diretamente foi demitido por afirmar que ela teria ganho consciência.
Os carros automáticos da Tesla tiveram mais acidentes documentados.
As fontes alternativas de energia automotiva chegaram à água.
E o mundo segue, aos trancos e barrancos, para o novo ano que sempre brota esperanças de melhoras para todos.
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