TV Samsung QN90B
O modelo está no topo da linha da marca para 4K com uma forte inclinação para o mercado gamer.
Para atender aqueles que querem um visual diferente, a Samsung tem a linha The Frame, restrita a tela de 60Hz, mas com o One Connect e a moldura que parece um quadro.
Embalagem
A Samsung informa que a embalagem pode ser reutilizada e dá várias sugestões para reaproveitar, uma iniciativa interessante e prática.
Pra mim, não será muito útil, pois costumo manter as embalagens guardadas, desde a primeira mudança de residência.
A tela vem protegida com uma capa de material plástico e macio.
As bordas são protegidas por uma película adesiva.
Acompanham as duas partes do pé, cada uma protegida por um saco plástico lacrado.
Por fim, um saco plástico com uma divisão deixando uma parte menor para acomodar o controle remoto e a outra onde vem o cabo de energia elétrica, um guia rápido de instalação, dois saquinhos com 4 parafusos cada, para a montagem do pé e instruções para acessar o manual digital.
Aparência
O visual é simples e segue a tendência vencedora dos últimos tempos.
A tela sem limites que dá a impressão de uma tela sem bordas quando a TV está desligada, na verdade há uma moldura na parte externa que tem uma borda bem pequena. Na parte inferior, temos uma borda para dar firmeza e apoio para manusear a tela, além de conter os alto-falantes.
Ao ligar a TV, vemos que o painel LCD tem uma borda que fica desprotegida em favor da estética.
O pé é uma peça metálica maciça e pesada, que sustenta o aparelho pelo meio, o que me agradou muito por não exigir uma mesa ou balcão com a largura do aparelho para poder posicioná-la com segurança, uso um rack de 50 cm de largura e ficou perfeito.
A altura é suficiente para acomodar uma soundbar e no meu caso, pra ficar acima dos pés do rack.
Apesar do pé ser todo em metal, a junção desse com a tela é com uma peça plástica, bem maciça, mas com trilhos para a organização dos cabos, como se fossem canaletas.
A espessura da TV não é das mais finas, esse é um detalhe estético que chama a atenção, mas no uso normal, imperceptível.
Tenho um modelo mais antigo da marca, que nem era topo de linha, a 49KS7000 que tem mais de 6 anos, adquiri em dezembro de 2016.
Além da espessura da tela com acabamento em prata, me agradava muito a solução de um conector separado para todos os cabos, o One Connect.
Controle remoto
Minimalista e o mais importante, a bateria carrega por luz, não precisa ser solar. Como contingência, tem um conector USB-C.
Mantém as teclas multifunção, a tecla de volume aumenta o som ao empurrar pra cima, diminui pra baixo e emudece ao ser pressionado.
O de canal tem outra função também, mas dependendo do aplicativo, fica repetido, como no YouTube que fica igual ao botão de seleção ou enter.
O botão de reprodução/pausa mantido pressionado, entra no modo jogo.
Mas tem botões de acesso dedicado a aplicativos, como o Netflix, Prime Video, Globo Play e canais da Samsung TV Plus.
Por fim, o controle é bem leve, dá impressão de fragilidade até, os botões fazem barulho, semelhante ao click do mouse.
Conexões
Infelizmente, a marca optou pela solução tradicional nesse modelo, todas as conexões ficam juntas na traseira, do lado direito e com os conectores apontados para o mesmo lado, acomodados num buraco, para conexão dos cabos paralelamente a tela.
O cabo de energia usa a mesma solução, mas fica sozinho do outro lado.
Os conectores estão em boa quantidade e falta apenas um conector P2 para fone de ouvido.
- duas portas USB 2.0,
- conector de áudio digital ótico,
- quatro conectores HDMI 2.1 com eARC em um deles
- conector de rede Ethernet.
Além disso tem as conexões sem fio WIFI 5 e Bluetooth.
Som
O áudio é bom, suporta o Dolby Atmos, mas faltam graves, recomendaria uma soundbar ou sistema de som para acompanhar a excelente imagem.
O eARC é importante caso queira aproveitar o Dolby Atmos ou tenha um sistema de som multicanal compatível com os formatos HD da Dolby.
Lembrando que o ARC original não é compatível com os modos de alta definição de áudio multicanal, Dolby True HD e DTS HD.
Imagem
O ponto forte é a imagem, a tecnologia de mini LED promete igualar o nível de preto das OLED, não parece que conseguiu pra mim, mas melhorou muito.
O brilho da marca sempre foi destaque, nem sempre positivo, mas as imagens ficam muito bonitas com os conteúdos que exploram essa característica.
A marca continua firme com o HDR+ e deixando de lado o Dolby Vision.
Há muitas tecnologias embarcadas para melhoria e tratamento da imagem, mas normalmente eu não tento mudar a calibragem de fábrica da imagem.
Um destaque nesse aspecto é a possibilidade de usar a câmera do celular para uma calibragem automática com o aplicativo próprio, infelizmente, requer um celular da marca e apenas das linhas: Galaxy S, Note, Z Flip ou Z Fold lançados a partir de 2019 ou um iPhone com Face ID.
O upscaling de imagem é muito bom, assim pode usar conteúdos em HD ou Full HD com uma qualidade boa.
Interface
Essa é a segunda TV que compro do modelo, na primeira não teve atualização do sistema, nessa já no processo de configuração pediu para atualizar.
A interface toma toda a tela, o que muitas pessoas não gostam e perde um pouco de agilidade, mas como tem um processador rápido, a experiência de uso é boa, os aplicativos de streaming atendem a maioria dos serviços e foi a primeira que encontrei o Paramount Plus.
A Apple TV+ está com uma campanha maciça e dá 3 meses de experimentação tanto na Samsung quanto na LG, além de outros.
A Samsung fez inovações interessantes nas telas múltiplas, permite simular resoluções e destacar parte da tela em outra janela.
Gamer
Outro destaque da TV é seu modo jogo, além de configurações específicas para os videogames e computadores, vem com os aplicativos Xbox para acessar a Game Cloud da Microsoft e GeForce Now da Nvidia, que acessa os jogos em nuvem adquiridos na Steam.
Antes de acessar os aplicativos, é necessário parear um controle de jogos compatível, como os do Xbox e Playstation.
Num rápido teste, o Xcloud teve a performance igual a da melhor situação que eu experimentei, acessando pelo aplicativo Xbox no computador com Windows 10.
Há um pouco de latência, o que inviabiliza jogos competitivos.
Testei com o Playstation 5 e ativou o VRR - taxa de atualização variável, para evitar o efeito de rasgo na tela, assim como o VLLM - modo de baixíssima latência e o HDR, desde que o jogo seja compatível, assim como o modo 4K 120Hz.
O Xbox Series X ativou o VRR na forma do FreeSync Premium, na interface do console permite configurar a tela inicial em 4K 120Hz e HDR, dependendo do jogo ser compatível ou usando o recurso do console que aprimora os jogos.
Por fim, a conexão com o PC Windows habilita os 144Hz em 4K, HDR e FreeSync Premium.
Há é, não esqueça de ativar o modo game na TV, senão os recursos ficam escondidos dos consoles e do Windows.
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