Fiio K5 Pro ESS - Desktop Headphone Amplifier/USB DAC


    A audiofilia é um hobby muito caro e para pessoas que as vezes parecem meio malucas.
    Sou um apaixonado por tecnologias e sempre gostei de ouvir música, apesar de começar tarde, provavelmente já na adolescência, os anos passam e a poeira do tempo confunde um pouco as épocas.
    Todo computador com processador de som tem um DAC e um pré-amplificador embutido na placa-mãe.
    O Conversor Digital Analógico (DAC) serve para converter o sinal digital armazenado em bits e bytes no disco do seu computador (ou mídias como CD/SACD/DVD/BD) em um sinal analógico, que pode ser então encaminhado para o pré-amplificador/amplificador e dai para as caixas de som ou fone de ouvido para ser ouvido e apreciado.
    A qualidade depende da implementação, mas normalmente é suficiente para uma audição descompromissada em alto-falantes ativos ou fones de ouvido.

    Então, por que eu pedi um DAC externo para usar com o computador?
    A lógica diz que os equipamentos dedicados tem maior qualidade que os embutidos.
    Mas o motivo maior, foi o receio de danificar a placa-mãe ou o amplificador usando a conexão analógica direta.
    Depois dessa longa introdução, vamos ao Fiio!

    Fiio


    A marca chinesa é antiga e conhecida no mercado nacional.
    Tem uma extensa linha de produtos e mesmo assim, cada uma tem vários modelos, por exemplo, o meu tem as variações a seguir:
  •     K3 o mais simples, alimentado pelo cabo USB
  •     K5 Pro ESS
  •     K7 e K7 BT
  •     K9 e K9 Pro ESS

    K5PRO ESS (fiio.com)





    A embalagem em papelão preto, é discreta e não tem muitas informações.
    Dentro encontramos:
  • K5 Pro ESS
  • Cabo USB A-B
  • Adaptador de energia
  • Cabo de energia com tomada de 3 pinos no padrão americano
  • 4 pés de borracha sobressalentes (adesivos)
  • Guia de inicio rápido
  • Cartão de garantia
  • Adaptador de fone de ouvido
    O aparelho tem gabinete em alumínio, em formato retangular, com as bordas arredondadas.
    As laterais são em uma peça única de alumínio, no meu caso, pintado em vermelho, mas tem a opção tradicional em preto.
    A frente e traseira são em plástico, o acabamento é bom e não tem nada que desabone a aparência.

    Painel frontal



    Temos duas chaves seletoras de três posições cada.
    A chave da esquerda permite selecionar as entradas, na posição inferior, seleciona a entrada USB, no meio vai para a entrada de linha e na superior, as entradas digitais (compartilhadas ótica e coaxial, com prioridade para a coaxial).
    A outra seleciona o nível de ganho, a partir de baixo, 0dB, -6dB e -10dB.
    O grande botão giratório central, tem dupla função, ligar e desligar o aparelho, controlar o volume e o led mostra o tipo de sinal recebido.
  •     Azul sinal em 44,1 ou 48 KHz
  •     Amarelo acima de 48 KHz
  •     Verde DSD
    Isso introduz uma nova sigla, DSD ou Direct Stream Digital, formato criado para armazenar os dados dos SACD pela Sony e Philips.
    O aparelho é compatível com o sinal DSD nativo, mas há outras implementações que encapsulam o sinal como DoP - DSD over PCM.
    Pra finalizar, no lado direito temos uma entrada para fone de ouvido, com conector de 6,35 mm.
    Vem um adaptador para 3,5 mm na caixa, que é um formato mais comum atualmente.

    Painel traseiro


    Temos as conexões de áudio digitais começando do lado esquerdo, conector Coaxial e Ótico.
    Depois as conexões analógicas estéreas, com uma entrada e uma saída de linha, usando conectores RCA.
    Do outro lado, o conector para a fonte de alimentação externa, com 15W que permite uma potência maior capaz de controlar e atender fones de ouvido mais exigentes.
    A conexão USB tipo B para a transmissão digital de áudio do computador ou outro dispositivo.

    Configuração provisória


    Conectei o DAC ao computador usando um cabo USB da WireWorld, modelo Silver 7.
    Apressado para testar o aparelho, conectei um fone de ouvido Sennheiser HD202 que tenho há muitos anos.
    Um áudio limpo, detalhado e melhor chegou aos meus ouvidos, já animando a continuação das audições.
    Usei um par de cabos RCA estéreo para conectar o DAC aos amplificadores monobloco Marantz MA500.
    Conectei duas caixas de som da B&W modelo DM600S3 aos amplificadores usando cabos de 2,5 mm bem básicos e genéricos.
    Baixei o driver da Fiio usando link no topo da página: K5PRO ESS (fiio.com)
    Algo bem inusitado por sinal, encaminha para uma página de forum, onde tem os links para baixar os arquivos e algumas orientações.
    A instalação pede para reiniciar o Windows.
    Liguei o DAC girando o botão maior, o led azul circundou o grande botão num efeito bonito e simples.
    Tive alguma dificuldade para usar o Spotify, que teimava em enviar o áudio para outra saída do computador.
    Finalmente, nas configurações do mixer do Windows 11, após abrir e executar o Spotify, é possível selecionar a saída especifica e o som chegou ao DAC.
    O botão de volume é bem sensível e apesar de no começo usar entre 11 e 12 horas, logo o som tornou-se insuportavelmente alto e posicionei o botão em 9h.
    A qualidade das gravações mostrou suas diferenças gritantemente.
    Gostei do resultado e os graves das pequenas B&W me surpreenderam, mesmo nesse ambiente pequeno que é o meu escritório.
    Baixei o Jriver para testar alguns arquivos DSD e novamente, a diferença de qualidade do material evidenciava o áudio ouvido.

    Conclusões


    Obviamente, não é uma configuração audiófila e não tenho a mínima intenção de chegar lá.
    O objetivo principal foi superado, queria apenas um pré-amplificador para os Marantz, fiquei satisfeito com o resultado.
    O uso mais adequado e comum para esse aparelho é para melhorar a qualidade de seus fones de ouvido, mas serviu bem para minhas necessidades atuais.

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