Renault Kardian - consumo real

     A condução do Kardian é bem diferente dos carros anteriores que tive.

    Levei o carro para emplacar no outro lado da cidade, gostei do auxílio da câmera de ré, mas preciso me acostumar pois me esqueço dela e olho apenas os retrovisores normais.

    Andei um pouco mais na cidade, o transito de Londrina tem um certo movimento e as subidas e descidas são constantes.

    Ruas estreitas, carros estacionados em ambos os lados, sem comparação com a esperteza em comparação ao Sentra.

    Os buracos foram tampados e bem recuperados nas vias principais, andei em algumas ruas de bairros mais afastados para testar e foi bem.

    O volante transmite uma vibração, mas na minha percepção parece é mais dos pneus nas vias do que do motor. Como os especialistas afirmam que é por conta do 3 cilindros, vou considerar essa opção como primária.

    Dei uma acelerada que era normal no Sentra e até assustei com a arrancada do turbo.

    O consumo médio foi um pouco acima de 8 Km/l, abaixo da informada pelo Inmetro que seria de 9,1 Km/l.

    O start-stop funciona bem, mas só dirigi um veículo Audi Q3 com o recurso anteriormente e a única coisa que estranhei, foi que em algumas paradas, o motor volta a funcionar sozinho.

    O manual informa:

    Sob certas condições, o motor pode dar a partida sem intervenção para garantir sua segurança e conforto. 

     Isto pode ocorrer especialmente quando :

    – a temperatura externa está muito baixa ou muito alta ;

    – A função “desembaçamento rápido” está ativo 🡺 199 ;

    – a bateria não está suficientemente carregada ;

    – a velocidade do veículo é superior a 5 km/h (em descida, etc.) ;

    – pressões repetidas no pedal do freio ou necessidade do sistema de freios ;

    Provavelmente o último item é o motivo, por algum TOC que eu não percebo ao executar.

    Por falar nisso, o carro freia muito bem, tem muitos quebra-molas na cidade e a sombra durante o dia esconde bem da minha visão astigmática.

    Passa bem por esses obstáculos, o Sentra raspava em vários mais altos.

    Queria testar os faróis na estrada e fui visitar uma cidade vizinha, num trajeto que mostrou qualidades e a necessidade de melhoria do recurso.

    O alcance do farol baixo é bom, mas um tanto curto dependendo da velocidade, ilumina bem, já o alto é bom em geral, com algumas sombras impedindo uma visão ideal.

    O modelo Techno não tem o farol de neblina, que poderia auxiliar na visão de buracos e imperfeições mais próximos.

    Não sei se devido aos cinco anos do Sentra, mas a melhoria foi bem sentida.

    O ajuste normal tende a buscar economia, deixando as rotações baixas, por vezes estranhei a necessidade de pressionar um pouco mais o acelerador para aumentar a velocidade, acordando o turbo, mas depois a ferinha vai com vontade.

    O controle de cruzeiro funciona bem, como não testei durante o dia, tive dificuldade em encontrar os comandos no volante na escuridão.

    Em descidas mais acentuadas, o controle de cruzeiro nem tenta reduzir, pelo contrário, vai que vai e se não pisar no freio são poucos segundos pra ir de 80 pra 100 km/h.

    O limitador de velocidade também funcionou, liguei-o sem querer numa tentativa de acionar o controle de cruzeiro.

    Em ultrapassagens, pisar fundo no acelerador leva o veículo com segurança para não passar sustos.

    O conjunto não tem pretensões esportivas, a performance é muito boa, não falta fôlego para as velocidades limitadas de nossas estradas esburacadas, atendeu muito bem nas estradas estreitas, cheias de curvas, subidas e descidas do interiorzão do Paraná.

    Percebi que os ajustes de fabrica buscam a economia de combustível.

    O trecho em estrada foi de aproximadamente 100 km, com mais uns 30 km na cidade e a média de consumo ficou em 11 Km/l.

    A etiqueta com as marcas do Inmetro informa números na casa dos 9 Km/l então foi uma marca consideravelmente melhor.

    Estava em 10,9 Km/l e lembrei do modo ECO, mas usei bem pouco, no final do trajeto apenas.

    A impressão é que o pedal do acelerador fica mais pesado, vamos ver se há alguma diferença notável no final do tanque.

    Para registrar, o carro estava com 11 Km rodados na primeira vez que vi, esqueci de olhar na retirada, mas me parece que estava marcando uns 15 Km.

    O consultor informou que colocaram uns três litros de combustível, então sai e abasteci no primeiro posto de combustível.

    O carro poderia andar uns 20 Km por baixo, mas é totalmente desaconselhável dirigir assim, pois a bomba de combustível pode danificar, como descobri na pele com o Vectra no meio da noite no Goiás lá no começo do milênio...

    Preferi testar o etanol, enchi o tanque de 50 litros, gastando R$ 167,08 - bem melhor que os R$ 229,31 de gasolina no último abastecimento do Sentra, que fazia pouco mais de 8 Km/l na cidade.

    Falhei novamente e não olhei quantos litros entraram no tanque.

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