Os consoles de videogame perderam?

    Escrevi algumas vezes sobre um PC gamer e também sobre os consoles atuais de videogame, ignorando os portáteis que nunca consegui usar.
    A Microsoft desde o começo parecia querer mudar o foco do console para o serviço, quando parecia que seu Game Pass estava consolidado, com boa aceitação e títulos grandiosos em lançamento no primeiro dia, aumentou o valor da assinatura e remodelou os pacotes, mas a média de valor dobrou ou mais em todos os casos.
    A Sony incrementou a PSN Plus, percebendo ou temendo o Game Pass, com dois planos extras e valores maiores que o concorrente na época.
    Ao contrário do Game Pass, a Plus não disponibiliza grandes jogos no primeiro dia (ou lançamento), optou por disponibilizar os jogos com tempo limitado de uso, como uma degustação.
    Após algum tempo, percebi que eu não usava mais o console da Microsoft, o Xbox Series X virou um enfeite no rack e acabei vendendo.
    Mas porque isso? A estratégia da Microsoft disponilizava os jogos para o Xbox e para o Windows, então eu sempre preferi usar no computador, mesmo perdendo o recurso de instant resume e a carga mais rápida que o console tem.
    Passou um pouco mais, o Playstation 5 teve o mesmo destino.
    Os jogos que eu queria não eram disponibilizados na biblioteca da cara assinatura e acabei usando o console apenas para jogar o famigerado e odiado EA FC, o antigo FIFA.
    Mas como está a evolução dos PC gamers em 2025?
    A dominante Intel teve problemas com a sua penúltima geração, que abrangia os processadores com prefixo 12, 13 e 14.
    A nova geração mudou totalmente a denominação dos modelos e ainda não tive contato para testar.
    Além disso, a Intel tenta novamente lançar placas de vídeo para jogadores.
    Parece que após várias tentativas, conseguiu estabilizar os drivers e ganhar performance concorrente, mas a desconfiança parece não deixar o mercado adotar um produto da gigante da indústria.
    A AMD ganhou mercado com uma estratégia e melhorias constantes, manteve o soquete AM4 vivo e com produtos novos, introduziu um cache de nível 3 maior que dá maior performance a maioria dos jogos e focou em manter um consumo razoável.
    Lançou uma nova linha, com o soquete AM5, mas o que vende mais ainda é o anterior, compatível com todos os Ryzen lançados (teoricamente).
    A Nvidia tornou-se a maior gigante da indústria com seus produtos atendendo o fenômeno da Inteligência Artificial.
    A linha atual de placas de vídeo trouxe muitas críticas e desconfiança, por valores bem altos, a performance é inferior a linha anterior sem o uso das novas tecnologias baseadas em... IA.
    O DLSS renderiza as imagens em uma resolução inferior para otimizar o processamento e usa algoritmos de IA para fazer o upscale até a resolução desejada.
    E o Frame Generator veio pra iludir os jogadores que buscavam taxas de quadros mais altas, a tecnologia funciona, também baseada em IA, mas não deixa de introduzir artefatos e glitches nas imagens em movimento.
    A AMD poderia ter dominado o mercado com esse "desinteresse" da Nvidia, mas preferiu lançar os produtos com nova nomenclatura e igualando os valores dos produtos equivalentes da concorrente.
    Desenvolveu suas próprias tecnologias para concorrer com a Nvidia:
    FSR - FidelityFX Super Resolution equivalente ao DLSS
    FSR Frame Generation

    O recurso de geração de quadros não tem nome específico em nenhuma das duas.
    Como se fosse um troco do FreeSync, em que a Nvidia compatibilizou com suas placas G-SYNC, o recurso da AMD funciona nas GeForce, inclusive nas mais antigas em que o recurso da própria Nvidia demanda placas mais novas.

    Nunca consegui me convencer a acompanhar os lançamentos da indústria, que chegam com preços muito altos e não tem justificativa alguma em performance para validar esses gastos.
    A máquina mais potente que tenho atualmente, conta com o processador Intel Core I7 12700KF e a placa de vídeo Nvidia GeForce RTX 4070 de 12 GB.
    A RTX 3080 tem poder pra se equiparar e ultrapassar a 4070, mas não tem as novas tecnologias e perde pontos por isso.
    Sempre tive problema com máquinas AMD, mas as duas últimas que montei foram pra testar o custo-benefício.
    Esse custo-benefício teve um desvio razoável pois tentei novamente usar o padrão mini-ITX que é menor que o micro-ATX, padrão no mercado nacional.
    A placa-mãe custa o dobro ou triplo de uma equivalente e é muito difícil encontrar, a fonte no formato SFX é bem mais cara que uma ATX e até o gabinete encarece bastante o orçamento.
    No meu canal do YouTube mostro o resultado da configuração com:

    AMD Ryzen 5500X3D - o modelo mais barato com o cache 3D
    Cooler DeepCool AG400 - um modelo elogiado e com preço razoável, o processador não vem com cooler na caixa e é até melhor, pois os que vêm não conseguem refrigerar adequadamente.
    XFX AMD Radeon RX 9060 XT 8GB branca
    Asrock B550M ITX/AC - a mais barata que encontrei com tecnologia atual
    Corsair SF 750 - fonte com certificação 80 plus Platinum
    Corsair 2000D RGB - gabinete mini-ITX
    XPG Gammix S70 2 TB - armazenamento NVME de geração 4 e taxa de transferência acima de 7000 MB/s.

    A configuração é boa pra full HD na maioria dos casos, logicamente usando o FSR.
    O processador é mais adequado pra jogos, se pretende usar pra edição de vídeos ou tarefas que exigem alto poder de processamento, terá que gastar bem mais no Ryzen 5700X3D.

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